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CINNAMON GIRL: FRIENDS / NOW I KNOW


Discutir o universo pop é uma tarefa complexa. O gênero é abrangente quando se trata do asteróide música, e a chegada de novos artistas em nosso planeta pode acontecer a qualquer momento. Tem um espectro tão amplo que você pode encontrar algo tão credível como Madonna, Abba, Michael Jackson e Prince em uma extremidade ou Christina Aguilera, Cheryl Cole e Justin Bieber em outra. Em uma ponta da escala há o talento, a sofisticação e um ofício divino. Na outra não é preciso muito trabalho para localizar o nada, o trabalho feito para gerar números, uma overdose de brilho.

A recomendação da vez é o meio termo disso tudo. Cinnamon Girl faz parte dessa nova geração de estrelas da música pop. Jamais pode ser comparada com as lendas do gênero, mas se propôs a escrever e produzir o próprio trabalho e, com isso, ganhou ritmo acelerado e tem tudo para ser reconhecida com uma carreira promissora. Isso graças as combinações de electro-pop, anti-pop e R&B que vem juntando em suas canções.



Ela é dinamarquesa nascida Camilla Roholm. Mudou-se para Londres há alguns anos para estudar e lá iniciou a carreira de cantora. Filha de uma mistura entre dinamarquês e jamaicano de músicos, ela se auto-proclama uma "baby groupie". E isso aponta para uma infância imersa na música, que hoje resulta na escolha do pop, pois suas referências são as constelações femininas dos anos 80 e 90. Porém gosta sempre de frisar que, particularmente, não gosta de usar sua sexualidade para vender discos, e que ninguém verá a bunda dela sacudindo nos vídeos. Por isso e, claro, por toda estética vista, podemos dizer que ela sabe muito bem mesclar o punk arco-íris de Cyndi Lauper com o grito de guerra de Grace Jones.



Ainda novata, ela é dona de três músicas. São elas, "Friends", que convida a pista de dança a pegar mais vapor. Uma boa vibração entre voz, guitarras e sintetizantes viciantes, batidas pop e letra grudenta. Outra dela é a "Now I Know", caracterizada por um vocal mais R&B, sintetizadores incisivos e um pulso de graves mais regular - ainda dancehall e certa para dançar. A terceira é "Your Eyes Are Glass", a menos espalhafatosa das três faixas. É uma canção mais reflexiva, liricamente visceral. Além de ser uma homenagem para os emocionalmente melodramáticos da androginia dos anos 80. Um bom pedaço desse período em um som quente de electro-pop.

Aqui está um nova artista pop com todas as possibilidades de eclodir no planeta terra e ficar marcada, seja para manter uma multidão alternativa interessada ou para suar dinheiro no mercado de massa. Sabemos que ainda é muito cedo para ela, e que não são todos os artistas da era da internet que sobrevivem. Mas com um conjunto de canções como essas primeiras, adicionadas ao talento, sofisticação e ofício divino, é de se acreditar que ela tem todas as chances de ser adicionada à longa história do pop.





* Postagem feita por Diego Drush, jornalista, mora em São Paulo e adora coisas ligadas à arte, música e comportamento. Colabora esporadicamente com novidades da música sem rótulos e firulas.

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