[Radar] Conheça o som do projeto nova-iorquino Blondfire e seu som cativante

Conheci o Blondfire em 2014, através de um ex-crush, que me mostrou empolgadamente a faixa “Waves” em uma das vezes que estivemos juntos. Dona de uma introdução no estilo de “We Are The People”, dos australianos do Empire Of The Sun, a canção me conquistou imediatamente.

Blondfire é Erica Driscoll. Filha de pai norte-americano e mãe brasileira, a musicista começou a carreira ainda em 2002, junto com o irmão Bruce, que deixou a banda em 2015 para se dedicar ao projeto Freedom Fry. Anteriormente chamada Astaire, a dupla precisou trocar o nome ao sofrer uma ameaça de processo pelos herdeiros do ator Fred Astaire.

Driscoll conta com quatro EP’s e dois discos em sua carreira, sendo apenas o último compacto como ato solo, sendo eles ‘Don't Whisper Lies’ (2004) – ainda como Astaire, ‘Holiday’ (2005), ‘My Someday’ (2008), ‘Where The Kids Are’ (2013), ‘Young Heart’ (2014) e ‘True Confessions’ (2016).

Apostando em uma sonoridade que vai do eletropop (“Young Heart”) ao indie rock (“True Confessions”), Erica cria uma atmosfera pronta para conquistar o ouvinte, cantando sobre fatos cotidianos, como na deliciosa “Pleasure”, presente em seu último compacto, lançado esse ano, onde a artista canta inspirada pela cena de Manchester e o modo como as pessoas usam drogas para buscar uma euforia que pode tomar um lado escuro no fim das contas.